Óbvios discutíveis


As áreas de atuação profissional sempre criam vocabulários e óbvios muito próprios. Forma-se um contexto hermético, um território bem demarcado. Na hora de se travar uma conversação entre áreas diferentes e nem sempre afins, as coisas chegam a ficar um pouco ridículas.

Ainda outro dia me fizeram uma pergunta por e-mail e eu não estava muito certa do quê a pessoa estava querendo fazer: se era copiar o conteúdo da página de um site para outro site ou se era colocar um link para a página de outro site. Verdade, eu não entendi! Aí não tive jeito: respondi dizendo que, se era isto ou aquilo que ela queria fazer, era possível. E pedi desculpas por reescrever a pergunta, comentando que o informatiquês me fez esquecer o português.

Esse aviso da foto é outro exemplo: pra mim, pisar na parede (ou melhor, pisar "a" parede!) é andar nela. Certo? Para quem escreveu o aviso, a idéia não deveria ser essa, o que feriria o óbvio; a idéia era pedir que as pessoas não ponham o pé na parede (já viram fila, né? chega um e outro, logo um deles põe um pezão na parede pra se encostar). Pôr o pé em alguma coisa é pisar? Não exatamente... Mas, considerando os contextos... é um óbvio discutível.

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